“Figueira Respira” é o nome do projeto inovador apoiado pela Administração Regional de Saúde do Centro que tem como grande objetivo travar o avanço da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) na Figueira da Foz.
Este projeto assenta no envolvimento e articulação entre as várias Unidades de Cuidados de Saúde, profissionais de saúde, comunidade e parceiros, nomeadamente a Câmara Municipal da Figueira da Foz, empresas locais e Sociedade Civil.
“De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística estima-se que perto de 80 %, dos doentes com DPOC da Figueira da Foz não estejam diagnosticados, valor aproximado à média nacional. Este projeto visa aumentar o número de diagnósticos de DPOC na nossa região, permitindo uma intervenção precoce, melhorar a articulação entre os Cuidados de Saúde Primários e Hospitalares e apostar quer na formação dos profissionais de saúde, quer na sensibilização da população” explica Lígia Fernandes, pneumologista do Hospital Distrital da Figueira da Foz.
“Iremos implementar uma campanha de sensibilização junto dos utentes para alertar para os riscos e complicações da DPOC e convocar os doentes em risco para um estudo espirométrico. Vamos também promover a alteração dos estilos de vida e a intervenção para cessação tabágica de forma a diminuir o número de fumadores”, afirma Maria Pacheu, Médica de Família na USF S. Julião.
O projeto “Figueira Respira” integra-se no programa “Boas Práticas de Governação”, uma iniciativa da Novartis em parceria com a Universidade Nova de Lisboa. Ao longo do programa os participantes tiveram a acesso a um plano curricular desenvolvido pela Universidade e que lhes garantiu as bases teóricas e o acompanhamento necessário ao desenvolvimento do projeto.
Este ano sob o tema “Caminhos para a Articulação”, o programa “Boas Práticas de Governação” teve como objetivo principal a implementação de projetos inovadores que fomentassem uma maior articulação de cuidados com foco no
doente, independentemente do tipo de cuidados.