Sem o uso de medicamentos genéricos, os países europeus gastariam mais cem mil milhões de euros por ano no tratamento de doentes.
Esta é uma das conclusões do estudo “O papel dos medicamentos genéricos na sustentabilidade dos sistemas de saúde: uma perspetiva europeia” hoje apresentado em Portugal no decorrer do seminário “O Valor dos Medicamentos Genéricos”, organizado pela APOGEN – Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e Biossimilares.
O estudo, levado a cabo pela consultora IMS Institute for Healthcare Informatics, conclui que, em 2050, a população europeia com mais de 65 anos vai aumentar de 129 para 191 milhões, com o consequente aumento da incidência de doenças crónicas, e o correspondente impacto na despesa dos Estados com a saúde.
Os medicamentos genéricos, possibilitaram que, entre 2005 e 2014 os países europeus duplicassem o número de doentes tratados, tendo mantido o mesmo orçamento.
Do estudo “Valor dos Medicamentos Genéricos – Estudo de Economia da Saúde”, realizado pelo IGES Institut para a Medicines for Europe, também apresentado, conclui-se ainda que, com a utilização de medicamentos genéricos, é possível, tratar um número consideravelmente maior de doentes que sofrem de hipertensão mantendo os mesmos níveis de despesa; tratar o mesmo número de doentes com cancro da mama com níveis inferiores de despesa e tratar mais doentes que sofrem de depressão, com um ligeiro aumento na despesa.
O seminário contou com a presença de especialistas nacionais e internacionais como Adrian van den Hoven, diretor geral da Medicines for Europe, António Vaz Carneiro, Professor da Faculdade de Medicina de Lisboa e Diretor do CEMBE, Carlos Gouveia Pinto, professor associado do ISEG, Hélder Mota Filipe, vogal do Conselho Diretivo do INFARMED, I.P ou Paulo Lilaia, presidente da APOGEN.