Os meses de inverno são os menos desejados pelos doentes com psoríase, isto porque o clima seco e frio causa o agravamento das lesões causadas pelo clima seco e frio. O alerta é da PSOPortugal, que deixa alguns conselhos para atenuar o sofrimento dos doentes.
“Os meses de inverno são particularmente agressivos para os doentes com psoríase: o vento e o frio aumentam a secura e a sensação de ardor e prurido cutâneos; consequentemente, e pelo ato reflexo de coçar e friccionar a pele,
é perpetuado o ciclo vicioso de traumatismo da pele e agravamento da inflamação. A estes fenómenos físicos acresce o maior número de viroses e outras infeções sazonais, que explicam a maior incidência de surtos depsoríase nesta altura do ano”, afirma Paulo Ferreira, dermatologista e colaborador da PSOPortugal.
Nas estações mais frias, a hidratação é um dos melhores aliados e não deve nunca ser descartada. Após um duche, que deverá ser rápido e com recurso a água morna, é essencial hidratar o corpo com um creme neutro e não com uma loção hidratante.
As temperaturas mais baixas requerem o uso de mais peças de roupa como forma de proteção. O conselho da PSOPortugal passa por incentivar as pessoas com psoríase a optarem pela utilização de fibras naturais, como o algodão, por forma a evitar a fricção na pele.
A psoríase é uma doença autoimune que se manifesta no nosso maior órgão – a pele, não sendo contagiosa, é crónica e pode surgir em qualquer idade. O seu aspeto, extensão, evolução e gravidade são variáveis, caracterizando-se pelo
aparecimento de lesões vermelhas, espessas e descamativas, que afetam sobretudo os cotovelos, joelhos, região lombar, couro cabeludo e unhas.
Cerca de 10 por cento dos doentes acabam por desenvolver artrite psoriática. Em Portugal, esta doença afeta mais de 250 mil pessoas e cerca de 125 milhões em todo o mundo.