Crises, agudizações ou ataques do pulmão… São vários os nomes pelos quais são conhecidas as exacerbações da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), que resultam do agravamento rápido dos sintomas (1), com impacto nos doentes, nos seus familiares e nos cuidados de saúde. É por isso que, no mês de sensibilização para a DPOC, a associação RESPIRA, em colaboração com a AstraZeneca, lançam o folheto “Tolerância Zero às Exacerbações” que, além de informação sobre a doença, tem ainda um questionário dirigido ao doente para que possa perceber se no último ano teve uma exacerbação e partilhar essa informação com o seu médico assistente.
“O grande objetivo desta iniciativa é aumentar o nível de conhecimento dos doentes sobre as exacerbações que, dependendo da sua gravidade, podem mesmo obrigar ao internamento, tendo um grande impacto na qualidade de vida do doente e até no prognóstico da doença”, refere José Albino, presidente da RESPIRA. “Estamos a falar de situações que podem aumentar o risco de morte, pelo que é essencial que o doente as saiba prevenir e identificar e ainda que partilhe essas situações com o seu médico para que possa receber os cuidados de saúde adequados”, acrescenta.
O material informativo, disponibilizado também em formato PDF no site da RESPIRA é composto por um questionário que permitirá ao médico dos cuidados de saúde primários, aquando da consulta, “avaliar” e ter maior perceção da evolução da DPOC no seu doente, com base nas suas respostas. Este folheto conta com o apoio da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP).
De acordo com os dados mais recentes, mais de 36 milhões de europeus viviam com DPOC em 2020, estimando-se um aumento para os 49 milhões em 2050 (2). Os doentes devem conhecer os sintomas das exacerbações, os mais comuns dos quais são a sensação de falta de ar/ seu agravamento, ou pieira pior do que o habitual, aumento da tosse, mais cansaço e maior produção de expectoração (muco) (1).
A RESPIRA é uma associação nacional que reúne pessoas com DPOC e outras Doenças Respiratórias Crónicas, assim como cuidadores e diversos profissionais de saúde, com o objetivo comum de melhorar a qualidade de vida dos seus associados, de promover a literacia em saúde e de capacitar os doentes para a gestão partilhada da sua doença.