Um menino equatoriano que sofria de paralisia cerebral tetraespástica, condição que afeta a capacidade motora dos quatro membros, encontrou a cura através de um tratamento com células estaminais do sangue do cordão umbilical.
Tomas foi incluído no estudo de utilização autóloga de células do sangue do cordão umbilical em paralisia cerebral, liderado pela Dra. Joanne Kurtzberg, especialista em transplantes autólogos com este tipo de células.
O estudo consistia no transplante de células do sangue do cordão umbilical a vários pacientes, em diversas fases: um grupo recebeu o transplante no primeiro ano de estudo, enquanto que o grupo de controlo recebeu o transplante no segundo ano do estudo, comparando-se os resultados obtidos no terceiro e último ano.
“Estas situações demonstram que a possibilidade de se obter a cura para determinadas patologias é real e tem um efeito positivo na vida das famílias do paciente e do próprio paciente, pelo que é importante que os pais tenham consciência da importância da criopreservação no momento da gravidez, onde doenças auto-imunes ou paralisias não são uma realidade observável e por isso são pouco consideradas”, afirma Patrícia Cruz, Diretora do Banco de Tecidos e Células – Laboratório Cytothera.
A história da paralisia de Tomas começou quando a mãe, Diana, foi diagnosticada com pré-eclampsia no 5º mês de gestação, razão pela qual necessitou ficar em repouso durante o resto da gestação.
Na 31ª semana de gestação o ritmo cardíaco do bebé começou a diminuir devido a um nó duplo no cordão umbilical, obrigando a equipa médica a induzir a maturação dos pulmões do bebé e posterior cesariana de emergência. Após nascimento, o Tomas teve de ser mantido numa incubadora nos serviços de urgência neonatais que avariou, privando-o de oxigénio por tempo incerto, agravando a sua encefalopatia hipóxico-isquémica e resultando em paralisia cerebral com quadriplégia espástica.
Devido ao armazenamento das células estaminais do Tomas na Biocell Discoveries, um banco de células estaminais no Equador, estas puderam ser aplicadas após a realização de análises e atualmente o Tomas tem uma vida semelhante à de crianças da sua idade.
Estes avanços reforçam a importância da criopreservação das células estaminais do tecido e do sangue do cordão umbilical, garantindo o futuro do bebé e permitindo que este tenha à sua disposição um recurso promissor no tratamento de um leque cada vez mais alargado de patologias.
A Cytothera é uma empresa de biotecnologia pertencente ao Grupo Farmacêutico Medinfar, 100% portuguesa, que desenvolve a atividade de criopreservação em Portugal desde 2005.
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