De acordo com as autoridades de sanitárias congolesas, a morte da criança foi registada na localidade de Beni, onde tinha sido contabilizada há 48 horas uma outra vítima mortal, um homem de 26 anos, por causa do Ébola.
Beni é considerado o epicentro do segundo surto de Ébola mais grave de sempre.
Os profissionais de saúde na RDCongo tinham apontado para a próxima segunda-feira a declaração do fim da emergência de saúde pública mundial do Ébola, enquanto se preparam para a chegada de outra: a covid-19.
Já foram comunicados dois casos de infeção pelo novo coronavírus em Beni.
A última pessoa que tinha contraído Ébola na RDCongo teve dois testes negativos e teve alta do centro de tratamento a 03 de março.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, 2.276 pessoas morreram devido ao Ébola, entre 3.456 casos confirmados e prováveis, desde agosto de 2018, no segundo surto mais mortífero da epidemia, após o de 2014-2016 na África Ocidental.
O atual surto ocorreu em condições especialmente difíceis, entre ataques mortais dos rebeldes, suspeitas da comunidade e algumas das infraestruturas mais fracas do mundo em áreas remotas.
No entanto, o surto assistiu à utilização de vacinas experimentais contra o Ébola, um desenvolvimento bem-vindo no combate a esta doença.
O comité de emergência relativo ao Ébola na RDCongo vai voltar a reunir-se na próxima semana para reavaliar as suas recomendações face a esta nova informação.