A Universidade de Aveiro anunciou hoje que um grupo de investigação multidisciplinar desenvolveu uma família de marcadores para utilização em microscopia de fluorescência, que podem ser usados em células vivas.
“Em perspetiva estão soluções que contribuam para o diagnóstico e luta contra, por exemplo, doenças metabólicas resultantes de acumulação lipídica, nomeadamente as doenças de Gaucher, Farber e Tay-Sachs”, refere a informação académica.
Conforme é explicado, “a capacidade para marcar células e identificar e caracterizar estruturas no interior das células, como agregados lipídicos, é essencial para a investigação aplicada, o diagnóstico médico e o desenvolvimento de fármacos”.
A tecnologia consiste “na produção de fluoróforos (componente de uma molécula que faz com que esta seja fluorescente) por um método de síntese eficiente e barato, não tóxico e com uma rápida penetração em células vivas em cultura e em pequenos organismos”.
O protocolo de marcação é “rápido e simples, baseando-se na mudança de cor dos fluoróforos em função da polaridade do meio em que estão imersos”.
“Estes marcadores podem ser usados em imagiologia de células vivas ou fixadas, em imagiologia de organismos, no diagnóstico de doenças relacionadas com lípidos, e na monitorização do conteúdo lipídico de microalgas para produção de biodiesel”, acrescenta.
De acordo com uma nota de imprensa da Universidade de Aveiro, já foi registada a respetiva patente para o espaço europeu.