A biofarmacêutica AbbVie, a Unidade de Investigação de Translação do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP) e o Centro Hospitalar do Porto-Hospital de Santo António, EPE, assinaram um protocolo de parceria, que visa a implementação de um projeto inovador e multidisciplinar para o estudo da Doença Inflamatória Intestinal (DII).
O projeto a desenvolver tem como objetivo identificar novos biomarcadores que permitam antever o prognóstico dos doentes com DII – que engloba a Doença de Crohn e a Colite Ulcerosa -, assim como antever a gravidade e o curso clínico da doença, e a resposta à terapêutica, permitindo melhorar e personalizar o tratamento da DII. A investigação do IPATIMUP vai basear-se numa amostra significativa de doentes da Unidade da Doença Inflamatória Intestinal do Hospital de Santo António, no Porto.
De acordo com Eduardo Leyva, Director Geral da AbbVie, “Este protocolo surge como resultado da crescente aposta da Companhia no desenvolvimento da investigação clínica em Portugal, em especial na área da Imunologia”.
A equipa do IPATIMUP responsável pelo projeto é liderada pela investigadora Salomé Pinho sendo a equipa de investigação composta por Celso Reis, investigador coordenador na área da oncobiologia, Manuel Vilanova, investigador na área da imunologia, e pelos gastroenterologistas Paula Lago,Ricardo Marcos-Pinto e Luís Maia. Este Protocolo foi concretizado através daUnidade de Investigação de Translação do IPATIMUP, liderada por André Albergaria, e surge na sequência de outros protocolos que têm vindo a serestabelecidos entre esta unidade de interface e a indústria farmacêutica.
“Esta parceria enquadra-se numa estratégia institucional que posiciona oIPATIMUP como parceiro da indústria farmacêutica no desenvolvimento deprojetos de translação inovadores e de aplicação clínica”, refere o Prof. Manuel Sobrinho Simões, fundador e director do IPATIMUP.
A DII é uma doença inflamatória, crónica, que engloba duas patologias: aDoença de Crohn, que se carateriza por uma inflamação crónica que podeafetar qualquer segmento do tubo digestivo, comprometendo, mais frequentemente, o intestino delgado no seu segmento terminal (íleo); e a Colite Ulcerosa, doença crónica que afeta a camada interna (mucosa) quereveste o intestino grosso ou cólon, deixando-a inflamada e com pequenas feridas na superfície (úlceras) que podem sangrar. Diarreia, dor abdominal,fadiga, febre, emagrecimento e sangue nas fezes são os sinais e sintomas mais frequentes destas patologias. Além dos sintomas, é uma doença que leva frequentemente à necessidade de internamento e de cirurgia, podendo afetarsignificativamente a qualidade de vida dos doentes.