A Associação de Apoio aos Doentes com Leucemia e Linfoma (ADL), cumprindo a sua missão de formar e informar promove, no próximo dia 9 de Março de 2016, quarta-feira, pelas 14h, no Auditório do Centro de Investigação Médica da Faculdade Medicina da Universidade do Porto uma conferência, com entrada livre e gratuita, subordinada ao tema “A Dor e os cancros do sangue”.
É cada vez maior o número de doentes hemato-oncológicos (com cancros do sangue: leucemias, linfomas, mielomas, etc) que ultrapassa a fase aguda da doença e consegue que a situação evolua para a cronicidade atingindo um patamar de “normalidade” na sua vida pessoal, profissional e familiar. Surgem então novos desafios a enfrentar: sobreviver com qualidade de vida. Assim, novas problemáticas se levantam aos próprios e a todos os profissionais de saúde que os assistem e em particular, no que se refere às questões da dor e sofrimento crónicos associados à doença e aos tratamentos.
A dor é uma experiência individual complexa com aspetos sensoriais, emocionais e sociais. É importante compreender que duas pessoas não sentem a mesma dor de forma idêntica.
Isto acontece porque as mensagens que a dor transmite ao nosso cérebro podem não ser interpretadas da mesma forma por diferentes pessoas, dado que a nossa experiência individual de vida condiciona a forma como sofremos e exprimimos a nossa dor. A maioria dos tipos de cancro pode cursar com dores transitórias e que cedem aos tratamentos da doença de base em muitos casos, mas por vezes dores crónicas, de origem multifatorial, que são difíceis de controlar e significam sofrimento.
O tratamento da dor e sofrimento crónicos associados ao cancro requerem equipas médicas multidisciplinares com conhecimentos teóricos e práticos em diferentes áreas (oncologia, hemato-oncologia no caso dos cancros do sangue, anestesia, cuidados paliativos e psiquiatria) que trabalhem em conjunto com enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais para a melhoria da qualidade de vida do doente. As terapias complementares (alternativas) podem ajudar a controlar a dor e o sofrimento das pessoas com cancro nomeadamente a osteopatia, acupunctura e o Reiki.