O PCP de Coimbra considerou hoje que o anúncio de fusão das duas maternidades de Coimbra (Bissaya Barreto e Daniel de Matos) resulta de critérios economicistas e “não serve” os trabalhadores e utentes.
A nova maternidade representa um investimento de 16 milhões de euros, e ficará situada no polo dos Hospitais da Universidade de Coimbra, anunciou na sexta-feira passada o presidente do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).
Em comunicado enviado à agência Lusa, o PCP alertou hoje “para que a solução apontada vai na linha de uma excessiva centralização de valências no Bloco Central dos CHUC, sendo de prever mais situações de sobrelotação, de problemas de estacionamento e de falta de capacidade de resposta dos serviços”.
“A solução para os problemas que se levantam às Maternidades Daniel de Matos e Bissaya Barreto é a valorização dos serviços públicos e dos seus profissionais, e não fundir duas estruturas e introduzi-las num espaço do Bloco Central do CHUC, condenando à incúria o que ainda existe”, lê-se no documento.
Para os comunistas de Coimbra, este anúncio trata-se de uma “verdadeira fuga para a frente, quando há problemas urgentes que carecem de solução imediata, que não pode ser adiada para um qualquer projeto, cujos contornos são totalmente desconhecidos”.
A solução a apresentar “não tem em conta as preocupações dos profissionais, que colocavam como solução mais viável e mais consequente a recuperação das estruturas existentes e a imediata contratação dos profissionais em falta”.
As duas maternidades existentes (Bissaya Barreto e Daniel de Matos) realizam aproximadamente 2.500 partos e cerca de 18 mil consultas por ano.
Segundo o comunicado, o PCP vai lançar uma campanha de valorização das duas maternidades existentes em Coimbra, na defesa da sua requalificação, reequipamento e contratação de profissionais em falta.
“Urge realizar nestas duas maternidades as intervenções e as obras de beneficiação urgentes que travem, desde já, a sua degradação, modernizar as instalações e serviços, assegurar a qualidade e a segurança, suprir a carência de médicos, enfermeiros, auxiliares e administrativos e outros técnicos, dando aos profissionais todas as condições que permitam assegurar a sua atividade e o exercício pleno das suas funções”, refere o comunicado.