O bastonário da Ordem dos Médicos defendeu hoje a construção de um novo hospital para o Centro Hospitalar do Oeste (CHO) para haver uma melhor reorganização de serviços e a população deixar de ser servida por três unidades.
“Nesta região, devia ter-se uma unidade hospitalar, e não três, por uma questão de organização de serviços, eficácia no tratamento e melhor servir melhor as populações”, afirmou aos jornalistas Miguel Guimarães, no final de uma visita à unidade de Torres Vedras, no distrito de Lisboa, deste centro hospitalar.
“É importante que o senhor ministro da Saúde olhe para este centro hospitalar de uma forma diferente”, acrescentou.
Em 2016, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, admitiu, em declarações à agência Lusa, que a região Oeste “é uma prioridade”, mostrando-se disponível para começar a dialogar com os autarcas sobre o processo de construção de um novo hospital, lembrando, contudo, que “num quadro de restrição financeira é necessário definir prioridades”.
Entretanto, a Ordem dos Médicos alertou para a necessidade de “resolver carências” existentes no CHO, sendo a principal a falta de profissionais, nomeadamente de médicos.
O bastonário alertou que “o número de médicos [em falta] que a administração do hospital pediu não foi contemplado no último concurso e é fundamental que isso aconteça para que estas unidades hospitalares possam dar a resposta adequada às cerca de 300 mil pessoas que servem”.
A Ordem dos Médicos disse que faltam especialistas em anestesiologia, anatomia patológica, oftalmologia, dermatologia e medicina interna.
O CHO, com hospitais em Caldas da Rainha, Peniche e Torres Vedras, serve 293 mil habitantes dos concelhos do Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Óbidos, Peniche, Torres Vedras e parte de Alcobaça e de Mafra.