O hino da academia portuense é a segunda pele de Aureliano Baptista da Fonseca. “Amores de Estudante” tornou-se o símbolo, a referência e a memória inevitável no extraordinário percurso do médico dermatologista, que cumpre um século de vida no dia 25 de Fevereiro de 2015.
O seu valioso percurso será o pretexto para a homenagem promovida pelo jornal cultural As Artes Entre as Letras, com o apoio da Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos (SRNOM).
O evento tem lugar no dia 25 de Fevereiro, precisamente a data do 100º aniversário de Aureliano da Fonseca, pelas 18:30, no auditório da SRNOM, e conta com a presença do médico.
A sessão inclui a apresentação do livro 100 Anos Cem Versagens, da autoria do próprio homenageado. Trata-se de uma obra editada pela Singular Plural, que presta tributo às versagens de Aureliano da Fonseca e que constitui a sua primeira publicação. Outra das paixões do dermatologista, a fotografia, será igualmente assinalada com uma exposição do seu arquivo pessoal. Finalmente, o evento contará com a actuação da Tuna da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.
Além da composição com que refundou em 1937 o Orfeão Universitário do Porto, Aureliano da Fonseca será recordado pela extensão de uma actividade académica, associativa e clínica, da qual abdicou já muito próximo do centenário.
Em 1943, foi o primeiro médico português a ver reconhecida a sua especialização pela ordem profissional. Já depois de organizar um Serviço de Dermatologia e Venereologia no Hospital Militar do Porto, foi pioneiro na prevenção de doenças venéreas e educação sexual através das consultas no Dispensário Central de Higiene Social do Porto.
Iniciou funções docentes na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto em 1955 e esteve ligado à instituição até 1977, altura em que assumiu uma colaboração com a Universidade do Estado de São Paulo para o ensino da sua especialidade e criação do Centro de Pesquisa de Dermatologia Social. Regressou a Portugal em 1985, mas nunca se aposentou verdadeiramente, mantendo contacto com os seus doentes até completar 97 anos.
Aureliano da Fonseca foi também um homem dedicado ao associativismo. Pertenceu a mais de uma dezenas de sociedades científicas e foi consultor da Organização Mundial da Saúde para as doenças venéreas, entre 1966 e 1980. Colaborou na organização e promoção de inúmeros congressos e eventos formativos da sua área de especialidade. Publicou mais de duas dezenas de livros científicos.




















