Os enfermeiros portugueses são reconhecidos internacionalmente pela sua qualidade técnica e científica que resulta de um dos mais eficientes modelos de formação à escala mundial. Para que continuem a acompanhar positivamente a vida dos cidadãos, deverão ser alargadas as suas competências e as suas áreas de atuação, por exemplo, com novas especialidades.
Algumas mudanças foram efetuadas, outras estão em curso e implicaram a necessidade de assegurar um papel mais relevante da profissão de enfermagem na gestão e planeamento da saúde, na monitorização da doença, em particular da doença crónica, na adaptação dos cidadãos aos processos de transição em saúde e na promoção do autocuidado. É necessário, contudo, dar passos no sentido de um maior aproveitamento das competências da enfermagem.
Neste sentido foi reconhecida, de forma consensual, aos enfermeiros a competência de requisitarem exames após a triagem nos serviços de urgência, segundo algoritmos de decisão que garantam qualidade, comparabilidade e avaliação.
Os enfermeiros são profissionais que, pela sua formação específica e vocação, estão bem posicionados para avaliar globalmente as necessidades das pessoas em cuidados de saúde. Surgiu, assim, o modelo do “Enfermeiro de Família”, com a aposta em 35 experiências piloto, por todo o país, orientadas para a obtenção de ganhos em saúde e melhorias na acessibilidade e equidade ao nível dos cuidados primários.
Por outro lado, o Ministério da Saúde tem desenvolvido esforços na contratação de novos enfermeiros, como é o caso do concurso em preparação para 1000 vagas no sector público administrativo, particularmente para os cuidados primários. Em 2014 foram contratados para os hospitais 965 enfermeiros e este ano, até à data, foram mais de 750.
A Enfermagem tem provado a sua relevância no êxito da vacinação, no contributo dos enfermeiros especialistas, nomeadamente de Saúde Pública, de Reabilitação, de Saúde Materna e Obstétrica, nas Comissões de Controlo da Infeção, na organização do programa da saúde infantil e juvenil, na Saúde Mental, nas visitas domiciliárias, nos cuidados continuados e nos cuidados paliativos, e no atendimento e aconselhamento telefónico. Outras áreas e especialidades virão com o tempo e para benefício dos cidadãos.
Fonte: Ministério da Saúde