O Sindicato Independente dos Médicos apelou hoje ao SAMS para não encerrar o centro clínico que tem em Lisboa, num momento de “fortes pressões” no Serviço Nacional de Saúde (SNS) devido à pandemia de covid-19.
Em comunicado, o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) apela para que a direção do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI), proprietário das clínicas e do hospital do SAMS, reverta a decisão e que “contribua para o esforço nacional de apoio ao país e à saúde dos cidadãos revertendo a decisão que “afeta milhares de doentes”.
A direção clínica dos SAMS decidiu suspender os serviços devido à infeção com o novo coronavírus de doentes e profissionais de saúde, mantendo a atividade do hospital, privado, situado em Lisboa, apenas para assistência aos 26 doentes que ainda estão internados.
O SIM lembra que com o encerramento do centro clínico, “os doentes a cargo dos SAMS irão sobrecarregar o já débil SNS”.
Segundo o SIM, o Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas aproveitou-se “oportunisticamente da catástrofe” que se abateu em Portugal e no mundo e do estado de emergência decretado, “castigando os seus trabalhadores médicos, arremessando-lhes o ‘lay off’”.
“Um presidente de um sindicado a contrariar fortemente os apelos dos órgãos de soberania no sentido de mitigar os fortes impactos sociais, é, no mínimo, irresponsável e antipatriótico”, refere o documento.
Portugal encontra-se em estado de emergência por causa da pandemia da covid-19 desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 02 de abril.
Além disso, o Governo declarou na terça-feira o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.