Treinadores e atletas do FC Porto marcaram presença na clínica da pele do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, numa iniciativa no âmbito do Dia do Euromelanoma, campanha pan-europeia de prevenção do cancro da pele. Jogadores e treinadores da equipa principal, B, hóquei, andebol e basquetebol não faltaram à “convocatória” e realizaram um rastreio de despiste à doença.
O primeiro a dar o exemplo foi Nelson Puga, responsável clínico do FC Porto, que realçou a importância desta iniciativa, relacionada com uma doença que tem proliferado nos últimos anos, sobretudo nas camadas mais jovens.«É bom termos a oportunidade de sermos nós a dar o exemplo, uma vez que existem cada vez mais casos de cancro de pele. Muitas vezes a população mais jovem é aquela que está mais exposta e é preciso sensibilizar as pessoas que pensam que por ser jovem se está livre da doença. É preciso diagnosticar os casos numa fase mais precoce, caso contrário a doença é mortal», afirmou.
Presente na iniciativa esteve também José Peseiro. O técnico do FC Porto sublinhou a responsabilidade que o clube, como entidade de grande exposição mediática, tem no papel de alertar as pessoas para os comportamentos de risco. «Este é um problema real. Muitas vezes não ligamos a toda a informação que nos é transmitida e ignoramos os conselhos mais comuns como evitar a exposição solar prolongada, usar protetor e ter alguns cuidados com zonas mais sensíveis, mas é preciso evitar certos comportamentos. É preciso perceber que existe uma grande diferença para um sinal com um milímetro ou quatro e que é preciso detetar os problemas cedo, porque é uma doença que tem forte possibilidade de cura», disse.
Essa foi também a ideia defendida por Luís Castro. O recém-campeão da Ledman LigaPro alertou para a necessidade de ter uma atitude preventiva com o sol para «caminhar de forma mais segura neste mundo de insegurança», enquanto Moncho López, treinador da equipa de basquetebol, disse esperar que a presença dos Dragões no IPO sirva para sensibilizar todas as pessoas a fazerem o mesmo.
Já depois de ser rastreado, António Areia, da equipa de andebol, mostrou-se aliviado por não ter motivos maiores de preocupação, até porque admite que não é particularmente cuidadoso nesta questão. Por isso, esta ação serviu para o fazer, no futuro, mudar de atitude pois considera «bastante importante evitar comportamentos do risco».
Segundo explicou Matilde Ribeiro, responsável pela clínica da pele do IPO, esta campanha tem como objetivo dois tipos de prevenção. A primária, que mostra às pessoas como se protegerem e evitarem comportamentos de risco, e a secundária, que passa pela realização de rastreios a indivíduos com alto risco de doença ou com doença em fase inicial.