A Agência Nacional de Inovação (ANI) e o BPI premiaram com cinco mil euros a empresa Delox, que está a criar com o Exército um protótipo de câmara de descontaminação portátil para reutilização de máscaras respiratórias.
O prémio Born from Knowledge é dirigido a empresas de tecnologia e inovação e distinguiu a empresa pelo seu trabalho para tornar “a bio-descontaminação eficaz, rápida e acessível” para cenários como a atual pandemia da covid-19 ou infeções hospitalares, refere-se num comunicado de imprensa.
A empresa, uma ‘start-up’ nascida a partir da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, colaborou com o Exército português para construir um protótipo de uma “câmara de descontaminação” a seco para permitir a reutilização de máscaras respiratórias usadas pelos profissionais de saúde.
A tecnologia utilizada consiste num novo “descontaminante gasoso baseado em nanopartículas”, desenvolvido e patenteado pela Delox que estava a ser testado no decorrer de um outro projeto militar de “descontaminação de agentes de bioterrorismo”, já há um ano e meio.
No final do período de testes, a equipa comprovou um alto nível de eficácia do novo agente e pensou que podia utilizá-lo para ajudar ao combate à pandemia de covid-19, disse à Lusa o major veterinário Wilson Antunes, investigador principal, a prestar serviço na Unidade Militar Laboratorial de Defesa Biológica e Química do Exército.
Em parceria com a Delox e a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, a equipa concorreu ao programa especial da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FTC) para apoiar soluções no combate à covid-19, propondo-se criar um protótipo de uma “câmara de descontaminação transportável”, que possa ser colocada em ambiente hospitalar e nos centros de saúde e descontaminar máscaras para posterior reutilização.