A Novartis disponibiliza agora em Portugal, um tratamento para a Perturbação de Hiperatividade com Défice de Atenção (PHDA) diagnosticada no adulto.
A PHDA no adulto é caracterizada por uma necessidade excessiva de atividade motora acompanhada por períodos de desatenção e impulsividade. O tratamento permite ao doente melhorar o funcionamento psicológico e a autoconfiança, as relações pessoais dentro e fora da família, o seu funcionamento profissional e académico, desempenho cognitivo, concentração durante a condução e a sua qualidade de vida. Todos os anos são diagnosticados 4 mil novos casos.
Quando esta perturbação do neuro desenvolvimento ocorre no adulto, o seu diagnóstico nem sempre é imediato, situação que pode causar transtornos ao longo da vida. Tendo por base a sintomatologia predominante, a prevalência da doença pode dividir-se em três subtipos: desatento, hiperativo/impulsivo e combinado.
Os sintomas associados ao primeiro subtipo são os que têm maior impacto funcional e estão correlacionados com a depressão e ansiedade. Alguns comportamentos podem indicar a presença desta perturbação, por exemplo: distração, esquecimento, dificuldades na planificação de tarefas e sensibilidade ao stresse. No caso de hiperatividade/impulsividade, alguns dos sintomas predominantes são nervosismo constante, inquietação e dificuldade em permanecer sossegado.
Estima-se que 70% dos doentes diagnosticados com PHDA na infância continuem a ter sintomas na idade adulta. No entanto, com o passar dos anos, os sinais relacionados com a hiperatividade e a impulsividade tendem a ser menos evidentes, predominando a desatenção e a incapacidade executiva. O fator idade é um inimigo do diagnóstico, pois os doentes, após atingirem a maturidade, podem adaptar-se à doença e compensam alguns sintomas mais comuns.
Alguns estudos familiares, de gémeos e adoção mostraram uma forte componente, cerca de 30%, na hereditariedade da doença. Estima-se que a hereditariedade da PHDA no adulto seja de cerca de 30% nos homens e nas mulheres Contudo, a transmissão da doença é explicada pela herança genética e nada tem que ver com a transmissão cultural passada de pais para filhos.