No dia 19 de Maio, Dia Mundial da Doença Inflamatória do Intestino, a Associação Portuguesa da Doença Inflamatória do Intestino (APDI) promove, em Lisboa e no Porto, uma iniciativa que pretende sensibilizar a população para as limitações que a Doença Inflamatória do Intestino (DII) impõem aos doentes bem como para o desconforto físico e social ao qual estão sujeitos.
Durante todo o dia, das 09h00 às 18h00, decorre na Praça Luís de Camões, em Lisboa, e na Praça D. João I, no Porto, uma ação de sensibilização que visa captar a atenção e despertar o interesse das pessoas pela doença, através da caricatura de um dos sintomas com grande impacto na vida dos pacientes com estas patologias.
“As idas frequentes à casa de banho não são o único sintoma da DII mas são um dos que tem maior impacto e gera maior embaraço e limitações pessoais e profissionais na vida dos doentes”, refere João Machado, Presidente da Associação Portuguesa da Doença Inflamatória do Intestino (APDI).
Composta pela representação do número de horas que um doente passa numa casa de banho e pelo número estimado de metros de papel higiénico que um doente pode utilizar por ano, equivalente à distância de uma mini maratona (10 quilómetros), esta iniciativa pretende representar o peso que a doença tem na vida das pessoas que dela sofrem. Para isso conta com a presença de um ator, que estará sentado numa sanita durante grande parte da iniciativa, e de vários promotores que, com uma sanita às costas, distribuirão informação sobre a doença inflamatória do intestino, representando desta forma o peso que a doença tem na vida de quem dela sofre.
“A DII é uma doença incapacitante e que afeta em muito a qualidade de vida dos doentes, sobretudo porque se manifesta numa idade ativa, em que as pessoas se encontram no pico das suas carreiras profissionais e no início das suas relações pessoais”. “Pior do que o fardo da doença, que limita em muito a vida dos jovens que dela sofrem, é o desconforto social e vergonha que estes sofrem e que os impede de ter uma adolescência e vida adulta normais”, conclui o Presidente da APDI.
A DII engloba duas patologias – Doença de Crohn e Colite Ulcerosa – e manifesta-se frequentemente entre os 15 e 30 anos mas pode surgir em jovens de qualquer idade, sobretudo a partir da primeira década de vida. Sendo que, em 20 por cento dos casos a doença tem início durante a infância ou adolescência.
As crianças e jovens que sofrem desta doença do foro intestinal têm de lidar com surtos de dor abdominal e diarreia, o que obriga à necessidade de usar, de forma inesperada e frequente, a casa de banho. Na escola e noutros locais sociais, a doença pela sua natureza, desencadeia bastante desconforto físico e emocional, levando ao isolamento e à perda de atividade.