Dados do estudo ‘Doença Renal Diabética (DRD) em Portugal – A visão dos doentes’, realizado recentemente, demonstram que três quartos dos doentes inquiridos se sentem extremamente preocupados com o agravamento da doença renal e o potencial risco de terem de realizar diálise.
O estudo, realizado pela Spirituc, procurou avaliar as atitudes e perceções dos doentes com DRD relativamente à
sua doença, bem como as suas necessidades e expetativas, enquanto mediu a satisfação com os cuidados de saúde prestados. Contou com o contributo da APIR – Associação Portuguesa de Insuficientes Renais, da APMGF – Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, da SPN – Sociedade Portuguesa de Nefrologia e o apoio da
Bayer Portugal.
Os resultados mostram também que 2/3 dos inquiridos desconhecem o estadio da sua doença e que 32% das pessoas com doença renal diabética ‘não sabem nada ou quase nada sobe a doença’ aquando do diagnóstico. Para além da preocupação demonstrada pela maioria dos doentes com o facto de terem de realizar diálise, um procedimento
artificial que remove os resíduos e a água em excesso no sangue, 86% dos inquiridos atribuem uma elevada relevância à realização das análises relacionadas com a sua função renal, contudo, cerca de 11% admitem não ter realizado análises aos parâmetros renais no último ano, conforme preconizado pelas recomendações clínicas.
A DRD é uma doença com um impacto na vida dos doentes nas diferentes esferas, mas de acordo com os resultados deste estudo destaca-se a esfera pessoal em que 43% consideram que a doença teve um impacto muito elevado na sua vida.
O estudo destaca ainda o papel dos profissionais de saúde como fonte de informação privilegiada pelos doentes (95% das respostas), apesar de os canais digitais terem também um papel importante em 13,4% dos casos. O maior desafio para os doentes com DRD é aceitarem o diagnóstico e a principal frustração, para além do diagnóstico, é o controlo da doença. Por seu turno, o principal sucesso é a não progressão da doença, em linha com o principal desejo e expectativa que é manter a doença controlada.
“É importante tirarmos conclusões relevantes dos resultados deste estudo sobre como se sentem as pessoas com doença renal diabética. A esmagadora maioria encara a sua doença como ‘má’ e sente que o seu estado geral de saúde não é bom. Por outro lado, existe também um grande receio do agravamento da doença o que obriga a um
acompanhamento muito rigoroso e a um diagnóstico precoce por parte dos profissionais de saúde que seguem estes doentes”, afirma Carla Gonçalves – Diretora Médica da Bayer Portugal.
A doença renal diabética (DRD) afeta 700 milhões de pessoas em todo o mundo e está associada a um risco três vezes maior de mortalidade por todas as causas quando comparada a pessoas sem DRD.